Brachiaria brizantha cv. Marandú
O capim-marandu é resistente às principais espécies de cigarrinhas-das-pastagens pertencentes aos gêneros Notozulia, Deois e Aeneolamia. Com exceção da região norte do Brasil, este capim é a melhor alternativa de gramínea forrageira resistente às cigarrinhas.
Utilizada para pastejo direto pelos animais, silagem e fenação, sendo indicada para cria e engorda de bovinos, não é aceita por equinos, ovinos e caprinos. Recomendamos o uso do Marandu em pastejo rotacionado ou em piquetes pequenos, para sua recuperação após o uso.
É uma espécie adaptada a solo de média a alta fertilidade. Apresenta alguma restrição no crescimento em solos muito argilosos. Tolera fogo e geadas fracas. É pouco tolerante a solos encharcados.
Adaptação:
Adapta-se muito bem a solos de média a alta fertilidade e requer uma precipitação anual em torno de 700 mm.
Resistência:
Apresenta sistema radicular bem profundo e vigoroso, o que reflete em boa tolerância à seca. Possui também, boa resistência ao frio, ao sombreamento e à cigarrinha das pastagens pertencentes aos gêneros Notozulia, Deois e Aeneolamia. Com exceção da região Norte do Brasil, este capim se constitui na melhor alternativa de gramínea forrageira resistente às cigarrinhas. Não tolera encharcamento e nem alagamento.
Indicação:
Adequa-se bem aos sistemas de manejo contíuo e rotacionado, podendo apresentar elevadas produção desde que manejada corretamente. Também apresenta características que as qualifica para o uso na ensilagem, diferimento, sistema silvipastoris e integração lavoura-pecuária (ILP).
Taxa de Semeadura:
Profundidade de plantio:
Incorporar as sementes em torno de 2,0 a 4,0 cm com grade niveladora fechada. Assim como para as demais espécies, os melhores resultados são obtidos, passando-se rolo compactador após incorporação da semente ao solo.
Produção:
Produção variando de 8 a 20 toneladas de matéria seca/ha/ano. Sua composição média é de 9 a 11% de proteína bruta na matéria seca. Apresenta alta palatabilidade e cerca de 60% de digestibilidade in vitro.
Manejo:
O tempo de formação gira em torno de 90 a 120 dias após germinação e o primeiro pastoreio deve ser feito aos de 90 dias com gado leve (boi magro, garrotes). Nas áreas sob pastejo rotacionado a alturas de entrada de 25 cm (altura pré – pastejo) e altura de saída de até 10-15 cm (altura pós-pastejo). O primeiro pastoreio com gado leve é uma condição essencial para a boa formação das pastagens, pois é através dessa prática que se estimula a produção de perfilhos reprodutivos laterais e reduz-se a competição entre plantas, principalmente por luz.