Brachiaria brizantha cv. Xaraés
A cultivar Xaraés é uma Brachiaria brizantha coletada no Burundi, África, e liberada pela Embrapa em 2003. Gramínea de ciclo vegetativo perene, cespitosa, de 1,5 m de altura, folha lanceolada e longa, com poucos pêlos, e de coloração verde-escura.
Maior taxa de rebrota, florescimento tardio resultando em um melhor valor nutritivo por mais tempo e maior produção de forragens.
Crescimento em forma de touceira com talos prostrados que podem se enraizar quando em maior contato como o solo, pode atingir até 1,60m de altura, as folhas são lanceoladas com pouca pubescência, com inflorescência em forma de panícula que mede de 40 a 50cm e geralmente com 4 rácemos.
Adaptação:
Recomendada para solos de média a alta fertilidade, requer precipitação anual acima de 800 mm, sendo mais produtiva, porém, em precipitações anuais mais elevadas (1200 mm/ano). Difere das demais cultivares de B. brizantha, principalmente, por apresentar maior capacidade de rebrota e melhor relação folha/caule, o que reflete em melhor desempenho animal.
Resistência:
Apresenta sistema radicular bem profundo e vigoroso, o que faz com ela seja considerada a B. brizantha de maior tolerância à seca. Possui também, boa resistência ao frio e ao sombreamento. É susceptível à cigarrinha das pastagens e tolera encharcamentos médios de solo. Vale lembrar, no entanto, que essa gramínea não tolera alagamento de solo.
Indicação:
É indicada para pastoreio direto, fenação e rolão. Consorcia-se muitíssimo bem com estilosantes Campo Grande, calopogônio e guandu.
Taxa de Semeadura:
Profundidade de plantio:
Mesma indicação da B. brizantha (Marandu) e B. decumbens. Apresenta maior velocidade de estabelecimento que as demais cultivares de B. brizantha por possuir maiores reservas nutricionais nas sementes.
Produção:
Produção variando de 20 a 30 toneladas de matéria seca/ha/ano. Sua composição média é de 9 a 12% de proteína bruta na matéria seca, com 60% de digestibilidade in vitro.
Manejo:
O tempo de formação gira em torno de 90 a 120 dias após germinação e o primeiro pastoreio deve ser feito aos de 90 dias com gado leve (boi magro, garrotes). Nas áreas sob pastejo rotacionado a alturas de entrada de 30-35 cm (altura pré – pastejo) e altura de saída de até 15-20 cm (altura pós-pastejo). O primeiro pastoreio com gado leve é uma condição essencial para a boa formação das pastagens, pois é através dessa prática que se estimula a produção de perfilhos reprodutivos laterais e reduz-se a competição entre plantas, principalmente por luz.