Panicum Maximum cv. Massai
A cultivar Massai é um híbrido espontâneo coletado na Tanzânia, destaca-se principalmente no Trópico Úmido (Acre, Pará e norte do Mato Grosso), tornando-se uma alternativa importante para parte dessas regiões onde ocorre problemas com as pastagens do capim-marandu.
É uma planta que forma touceiras com altura média de 60 cm e folhas quebradiças, sem serosidade e largura de 9 mm. As lâminas apresentam densidade média de pêlos curtos e duros na face superior.
Possui excelente produção de forragem com grande velocidade de estabelecimento e de rebrota, com boa resistência ao fogo. Quando comparada às outras cultivares de P. maximum, o Massai apresenta melhor cobertura de solo; maior persistência em níveis baixos de fósforo; maior produção de parte aérea e de raízes em soluções com alta concentração de alumínio; sistema radicular mais adaptado às condições adversas do solo, como compactação, baixa fertilidade, alta acidez e déficit hídrico. Tolera ataque de "cigarrinha-das-pastagens".
Adaptação:
A cv. Massai, a exemplo de outras cultivares da espécie P. maximum, requer níveis médio a alto de fertilidade do solo na implantação, mas é a menos exigente em adubação de manutenção e persiste maior tempo em baixa fertilidade com boa produção sob pastejo. É entre as cultivares de P. maximim a mais tolerante ao alumínio do solo. A quantidade de corretivos e adubos deve basear-se na análise de solos.
Resistência
A cultivar Massai apresentou maior resistência à cigarrinha-da-pastagem do gênero Notozuliaentreriana.
Indicação:
Pastejo rotacionado, que possibilita melhor controle do pasto e facilidade de menejo. Tem sua utilização empegada com sucesso na fenação, em razão da sua alta relação folha/colmo, e para uso em sistema silvipastoris. Além disso, também é uma forrageira recomendada para pastejo por equinos.
Taxa de Semeadura:
No período normal de plantio paras as operações realizadas a lanço recomenda-se de 300 a 350 pontos de VC/ha. A partir de fevereiro deve-se aumentar para 450 pontos de VC/ha. No caso de mistura com outras espécies, fazer uma proporção em torno 50% de cada uma.
Profundidade de plantio:
A semeadura deve ser feita na profundidade de 2,0 cm, incorporando-se as sementes com grade níveladora ou com semeadora regulada para a profundidade recomendada. Melhores resultados são obtidos, passando-se rolo após a incorporação, pois se aumenta o contato das mesmas com o solo, o que acelera o processo de intumescimento e germinação das sementes.
Produção:
A cv. Massai apresentou uma produção de matéria seca de folhas em parcelas (15,6 t/ha), semelhante à cv. Colonião (14,3 t/ha), apesar do porte de apenas 60 cm de altura, em contraste com os 150 cm do Colonião, nas mesmas condições. A cv. Massai apresentou concentração de proteína bruta nas folhas (12,5%) e colmos (8,5%) semelhante à cv. Tanzaânia-1.
Manejo:
O primeiro pastejo deve ser realizado no período entre 60 a 100 dias após o plantio, estimulando o perfilhamento mais intenso das plantas. Contudo, diminuindo a concorrência entre plantas e, principalmente, eliminar a maior parte das gemas apicais.
Altura de entrada e saída para pastejo: